PROTAGONISMO
JUVENIL
O termo protagonismo juvenil vem do grego. Proto quer dizer o primeiro, o principal; Agon significa luta, agonista, lutador. Protagonista, literalmente, quer dizer o lutador principal.
No campo da educação, o termo protagonismo juvenil designa a atuação do jovem como personagem principal de uma iniciativa, atividade ou projeto voltado para a solução de problemas reais. O cerne do protagonismo, portanto, é a participação ativa e construtiva do jovem na vida da escola, da comunidade ou da sociedade mais ampla.
A maioria de adolescentes e jovens tem muitas questões, desejos, sonhos e buscam
respostas. Algumas questões vêm da própria fase que estão vivendo, mudanças corporais,
primeiras experiências sexuais com um parceiro ou parceira, estimulados pelas primeiras
paixões, primeiro amor, primeiras descobertas. Estas questões nem sempre encontram
respostas, pois a escola, a família, a sociedade não estão preparadas para isso.
Outras questões são impostas pela desigualdade social provocando a exclusão de
uma grande parcela desta população.
Os jovens também podem encontrar respostas, mas para isso precisam da
referência dos adultos( Diretores de Turmas), de escuta e parceria.
Como diz o Professor Antonio Carlos Gomes da Costa*: “Reconhecer o adolescente e o jovem,
não como problema, mas como parte da solução é meio caminho andado...”. Por isso é necessário e
urgente abrir espaços e facilitar processos que permitam a participação efetiva de adolescentes
e jovens na construção do modelo e da dinâmica social da sua comunidade.
A adesão do Diretor de Turma ao protagonismo juvenil deve traduzir-se num compromisso de natureza ética de respeito às possibilidades e limitações próprias da condição peculiar de desenvolvimento dos seus educandos, que, no caso, é a adolescência.
O papel do Diretor de Turma na provocação do protagonismo juvenil é, dentre outros:
· Ajudar os jovens a identificar a situação-problema e posicionar-se diante dela;
· Empenhar-se no sentido de que o grupo não desanime e nem se desvie dos objetivos propostos;
· Favorecer o estabelecimento de vínculos entre os membros do grupo, fortalecendo a coesão grupal;
· Motivar o grupo a avaliar constantemente a ação e, quando necessário, replanejá-la em conjunto;
· Zelar permanentemente para que a iniciativa dos jovens seja compreendida e aceita por outros jovens e pelo mundo adulto;
· Cuidar pela manutenção de um clima de entusiasmo e dedicação no interior dos grupos;
· Colaborar na avaliação das ações desenvolvidas, ajudando os jovens a introduzir os ajustes necessários.
*Antonio Carlos Gomes da Costa era pedagogo, foi um dos principais colaboradores e defensores do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Protagonismo Juvenil. Escreveu o que viria a ser seu último artigo para o Portal Pró-menino, falando sobre os desafios do ECA até 2020. Neste artigo ele deixa sua mensagem de luta ao escrever, “(...) meu primeiro artigo de 2011, pode ser resumido numa palavra de ordem de sólida objetividade: ATACAR! ATACAR! ATACAR! Se não fizermos isso, em vez de construir o futuro, passaremos a terceira década do ECA e talvez o resto do século, nos defendendo de um fantasma que nada tem de camarada”. |
Adaptação feita por Tânia Sampaio de Alcântara (Coordenadora Regional do Projeto Diretor de Turma-Sefor)
2011- Fortaleza-CE tania.sampaio@seduc.ce.com.br
Sites pesquisados:
http://www.docstoc.com/docs/29787861/o-que-é-protagonismo-juvenil
http://escola2000.net/aprendizagem/ac-protagonismo.htm
http://www.direitos da criança.org.br/em-pauta/2011/03/morre-antonio-carlos-gomes-da-costa-um-dos-principais-defensores-dos-direitos-infantojuvenis
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