
Jussara Maria Lerch Hoffmann, nasceu em Bagé, Rio Grande do Sul. Com nove anos mudou-se para Porto Alegre, passando a estudar no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, onde cursou o Normal. Foi professora primária, professora de português no ensino médio e coordenadora pedagógica do Colégio Bom Conselho e de escola pública de Porto Alegre. Com formação em Letras pela UFRGS, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou o Mestrado em Educação/Avaliação na UFRJ. No seu regresso a Porto Alegre, atuou na Delegacia de Educação/SEC, na PUCRS - como docente em Metodologia do Ensino Superior - , ingressando na Faculdade de Educação da UFRGS, por concurso, em 1986.
Nesta universidade, desenvolveu estudos e pesquisas em avaliação e educação infantil e aposentou-se como Professora Adjunta em 1996 para fundar e assumir a Direção da Editora Mediação - onde atua até este momento, responsável pela seleção de obras, projeto editorial e revisão técnica, com mais de 150 obras editadas.
Em paralelo à Direção da Mediação, ao longo desses anos, Jussara vem dando continuidade a sua tarefa de educadora como conferencista e consultora educacional, tendo atuado em mais de 500 congressos e eventos no país e no exterior.
A autora tem hoje doze livros publicados sobre o tema além de inúmeros artigos em revistas, com o conjunto de suas obras superando a marca de 300 mil exemplares vendidos no país.
Editora Mediação
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Várias perguntas encontradas em um dos capítulos “UM PASSO PRA FRENTE, DOIS PRA TRÁS” me levam a fazer um paralelo com as perguntas que faço, quando vejo resistência de algumas pessoas ao Projeto Professor Diretor de Turma, em algumas escolas que aderiram livremente ao PPDT:
· Por que é tão difícil desenvolver projetos inovadores na educação?
· Acreditamos que nossa prática, como professores, precisa mudar?
· É mesmo preciso mudar?
· Como procurarás por algo quem nem ao menos sabes o que é?
· Como determinarás que algo que não conheces é o objeto de tua busca?
· Como saberás que o que encontraste é aquilo que não conhecias?
As afirmativas que encontrei no texto, referentes a esse assunto são claras:
1. Não há mudanças sem o sofrimento da transição do próprio esforço implicado que exige muitas vezes, renuncia, disciplina e educação;
2. Todos gostam de mudar, mas ninguém gosta “ser mudados”;
3. Não se pode ensinar ao professor o que ele precisa aprender, aprendizagens significativas são reconstruções próprias de cada profissional;
4. Aprende-se o novo pelo envolvimento próprio, individual;
5. Mudanças permanentes desenvolvem-se passo a passo, solidariamente e não solitariamente, envolvendo processos de compartilhamento de experiências, de reflexão conjunta, mediados por um educador experiente que instigue ao avanço.
6. Ninguém muda porque o outro assim o deseja ou impõe.
O Projeto Professo Diretor de Turma propõe mudanças profundas na escola e, inicialmente no Núcleo Gestor , que entendo, ser o espelho que reflete a escola. É mais do que necessário se entender que o Professor Diretor de Turma não conseguirá, solitariamente, fazer mudanças. Ele precisa da solidariedade de todos as pessoas que trabalham para o aluno, e que convivem com esse aluno fora da escola.
O PPDT mostra que esse envolvimento é importante quando, em sua estrutura, dá ao PDT tempo para :
- Confecção de um dossiê, com instrumentais para a visualização e facilitação dessa tarefa;
- Uma Reunião Intercalar, para que professores tenham um conhecimento da realidade de cada aluno e escute as angustias dos pais e alunos que ajudam a alertar sobre práticas pedagógicas equivocadas;
- Quatro Reuniões de Conselhos Bimestrais para se ter uma idéia da evolução desse aluno e tomar decisões para ajudá-lo, dando mais quatro oportunidades de fala para pais e alunos;
- Acompanhar suas faltas para evitar evasões;
- Aula de cidadania.
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